O mundo corporativo está cheio de palavrões.
São os estrangeirismos que fazem cócegas em nosso estranhamento linguístico. Alguns desses palavrões se aportuguesaram como shopping center, tíquete, jingle, e-mail, slide, replay, flash, chip, marketing etc. Tente traduzir essas palavras e você verá que as “gringas” parecem fazer mais sentido. Tentaram traduzir “marketing” por “mercadologia”, mas desistiram porque dava a ideia de estudo, e marketing é mais que estudo, é ação (uma empresa eficaz não tem marketing, ela é marketing). O palavrão “marketing” foi adotado. Se temos medo das palavras (falamos “diacho” com medo de falar diabo; gritamos “desgrama” para não falar desgraça), quanto mais desses palavrões! Vamos ver 10 dos que ainda assustam ou bagunçam algumas mentes:
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Rapport: pode ser traduzida também por empatia, mas é
mais que isso. É afinidade emocional, sintonia, uma forte ligação entre
o profissional e seu cliente.
Posso estimular sua reflexão? Você já fez auto-rapport, isto é, há uma forte ligação entre você e você mesmo? Seu pensamento e sentimento estão em sintonia? - Approach: São tantas definições! Pode ser aproximação, situação, caminhos, acesso, abordagem, (não necessariamente abordagem em vendas) Ex: “uma forma de abordagem (approach) para aumentar as vendas é...”
- Coaching: é o uso de muitas técnicas, recursos, ferramentas tiradas de diversas áreas como esportes, administração, gestão, estratégias etc. para uma liderança realizadora. Um gerente de vendas com mentalidade coaching busca potencializar a performance da equipe, então desperte o Felipão ou o Phil Jackson que há dentro de você!
- Follow-up: é o acompanhamento junto ao cliente; é dar continuidade a um relacionamento; é checar a satisfação etc. Posso provocar? Você dá follow-up para você mesmo? Você acompanha seus resultados, checa sua performance?
- Feedback: Dar feedback é alimentar (melhor que retroalimentar) uma pessoa de informações, por exemplo, de como vai o desempenho dela. Elogiar ou criticar não é dar feedback. “Feedebecar” é uma contribuição (mais que opinião) que um gerente dá, por exemplo, de como a equipe está se desempenhando nas ações de vendas.
- Know-how: conhecimento (ou até habilidades) que você tem para resolver problemas em seu setor. Qual seu know-how em prospecção, objeções, pós-venda?
- Workshop: digamos que é uma oficina onde você participa para aprender, na prática, um treinamento dirigido (onde se fala de linguiça para cachorros e de peixe para gatos).
- Sale: Significa também venda, mas é uma palavra pedante, por ser desnecessária como, por exemplo: off, on-line, mouse, mailing list e back-up.
- Mentoring: Em vendas, significa que um tutor ou mentor (pessoa mais velha) ensina a um profissional jovem os caminhos das competências. Você já foi "mentorado hoje? Vai uma provocação: quem “mentora” o mentor?
- Benchmarking: não é copiar ou imitar os outros, mas comparar para superar, por exemplo, o que o concorrente tem de melhor. Você já se “benchmarkisou” a você mesmo, isto é, já viu o que os outros têm de melhor para se diferenciar?
Por Maurício Góis
http://www.vendamais.com.br
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