quarta-feira, 3 de abril de 2013

Os 10 Palavrões da Venda




O mundo corporativo está cheio de palavrões.

São os estrangeirismos que fazem cócegas em nosso estranhamento linguístico. Alguns desses palavrões se aportuguesaram como shopping center, tíquete, jingle, e-mail, slide, replay, flash, chip, marketing etc. Tente traduzir essas palavras e você verá que as “gringas” parecem fazer mais sentido. Tentaram traduzir “marketing” por “mercadologia”, mas desistiram porque dava a ideia de estudo, e marketing é mais que estudo, é ação (uma empresa eficaz não tem marketing, ela é marketing). O palavrão “marketing” foi adotado. Se temos medo das palavras (falamos “diacho” com medo de falar diabo; gritamos “desgrama” para não falar desgraça), quanto mais desses palavrões! Vamos ver 10 dos que ainda assustam ou bagunçam algumas mentes:
  1. Rapport: pode ser traduzida também por empatia, mas é mais que isso. É afinidade emocional, sintonia, uma forte ligação entre o profissional e seu cliente.
    Posso estimular sua reflexão? Você já fez auto-rapport, isto é, há uma forte ligação entre você e você mesmo? Seu pensamento e sentimento estão em sintonia?
  2. Approach: São tantas definições! Pode ser aproximação, situação, caminhos, acesso, abordagem, (não necessariamente abordagem em vendas) Ex: “uma forma de abordagem (approach) para aumentar as vendas é...”
  3. Coaching: é o uso de muitas técnicas, recursos, ferramentas tiradas de diversas áreas como esportes, administração, gestão, estratégias etc. para uma liderança realizadora. Um gerente de vendas com mentalidade coaching busca potencializar a performance da equipe, então desperte o Felipão ou o Phil Jackson que há dentro de você!
  4. Follow-up: é o acompanhamento junto ao cliente; é dar continuidade a um relacionamento; é checar a satisfação etc. Posso provocar? Você dá follow-up para você mesmo? Você acompanha seus resultados, checa sua performance?
  5. Feedback:  Dar feedback é alimentar (melhor que retroalimentar) uma pessoa de informações, por exemplo, de como vai o desempenho dela. Elogiar ou criticar não é dar feedback. “Feedebecar” é uma contribuição (mais que opinião) que um gerente dá, por exemplo, de como a equipe está se desempenhando nas ações de vendas.
  6. Know-how: conhecimento (ou até habilidades) que você tem para resolver problemas em seu setor. Qual seu know-how em prospecção, objeções, pós-venda?
  7. Workshop: digamos que é uma oficina onde você participa para aprender, na prática, um treinamento dirigido (onde se fala de linguiça para cachorros e de peixe para gatos).
  8. Sale: Significa também venda, mas é uma palavra pedante, por ser desnecessária como, por exemplo: off, on-line, mouse, mailing list e back-up.
  9. Mentoring: Em vendas, significa que um tutor ou mentor (pessoa mais velha) ensina a um profissional jovem os caminhos das competências. Você já foi "mentorado hoje? Vai uma provocação: quem “mentora” o mentor?
  10. Benchmarking: não é copiar ou imitar os outros, mas comparar para superar, por exemplo, o que o concorrente tem de melhor. Você já se “benchmarkisou” a você mesmo, isto é, já viu o que os outros têm de melhor para se diferenciar?
Bem, há muitos outros palavrões. Mas não se preocupe, não. Há no Brasil palavras também intraduzíveis como “saudade” que nasceram para serem sentidas, e não entendidas.

Por Maurício Góis
http://www.vendamais.com.br

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