quarta-feira, 23 de maio de 2012

Paciência

                               
Em uma cidade interiorana havia um homem que não se irritava e não discutia com ninguém.

Sempre encontrava saída cordial, não feria a ninguém, nem se aborrecia com as pessoas. Morava em modesta pensão, onde era admirado e querido.

Para testá-lo, um dia seus companheiros combinaram levá-lo à irritação e à discussão numa determinada noite em que o levariam a um jantar.

Trataram todos os detalhes com a garçonete que seria a responsável por atender a mesa reservada para a ocasião. Assim que iniciou o jantar, como entrada foi servida uma saborosa sopa, da qual o homem gostava muito.

A garçonete chegou próximo a ele, pela esquerda, e ele, prontamente, levou seu prato para aquele lado, a fim de facilitar a tarefa de servir. Mas ela serviu todos os demais, e quando chegou a vez dele, foi para outra mesa.

Ele esperou calmamente e em silêncio, que ela voltasse. Quando ela se aproximou outra vez, agora pela direita, para recolher o prato, ele levou outra vez seu prato na direção da jovem, que novamente se distanciou, ignorando-o.

Após servir todos os demais, passou rente a ele, acintosamente, com a sopeira fumegante, exalando saboroso aroma como quem havia concluído a tarefa e retornou à cozinha.

Naquele momento não se ouvia qualquer ruído. Todos o observavam discretamente, para ver sua reação.

Educadamente ele chamou a garçonete, que se voltou, fingindo impaciência e lhe disse:

- O que o senhor deseja?

Ao que ele respondeu, naturalmente:

- A senhora não me serviu a sopa.

Novamente ela retrucou, para provocá-lo, desmentindo-o:

- Servi sim senhor!

Ele olhou para ela, olhou para o prato vazio e limpo e ficou pensativo por alguns segundos.

Todos pensaram que ele iria brigar. Suspense e silêncio total.

Mas o homem surpreendeu a todos, ponderando tranqüilamente:

- A senhorita serviu sim, mas eu aceito um pouco mais!

(Autor Desconhecido)
______________________________________________

Diariamente somos corriqueiramente provocados a explodir em nosso comportamento. Seja no trabalho, em casa, com os amigos, etc. A verdade é que a coisa vem acontecendo com tanta freqüência que já ganhou o nome de “pavio curto”. É exatamente esse o nome. E é dado às pessoas que estouram com facilidade. São muitos os rumores acerca de situações assim, mas, o mais verdadeiro é o de que todas essas atitudes de grosseria e indelicadeza é fruto da rotina frenética do dia-a-dia que hora assola a nossa sociedade. Precisamos estar atentos a isso. Não devemos nos render a situações assim, de limite. Precisamos ser cautelosos e agir com tranqüilidade em todas as situações para não prejudicar os nossos relacionamentos de amizade e nos distanciar do outro.

"A paciência serve de proteção contra injustiças como as roupas contra o frio. Se você veste mais roupas com o aumento do frio, este não terá nenhum poder para feri-lo. De forma idêntica você deve crescer em paciência quando se encontra em grandes dificuldades e elas serão impotentes para atormentar a sua mente." (Leonardo da Vinci)

Sugestões e críticas a esta coluna:

paulosostenes@uol.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário