segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Aladim e a lâmpada maravilhosa

Aladim caminhava por uma viela estreita e escura quando um cálido brilho no chão chamou sua atenção. Aproximando-se, viu que era uma lâmpada. Estava a olhá-la por vários ângulos quando viu sob a poeira algo que parecia ser algum escrito. Passou a mão no local e subitamente uma grande luz branca começou a surgir do bico da lâmpada. Aladim assustou-se e deixou cair a lâmpada, enquanto uma grande forma humana masculina ia se formando no espaço antes vazio. Ao invés de terminar em pés, suas pernas se afunilavam na direção do bico da lâmpada. A forma algo fantasmagórica flutuava envolta por uma aura oscilante.
 
Antes que Aladim pudesse sequer avaliar a situação, a forma disse com voz grave e firme:


- Sou o Gênio da Lâmpada, e você tem direito a um desejo.


Recobrando-se, Aladim compreendeu logo a situação e, sem questionar porque era um só desejo, já ia dizendo algo quando o Gênio continuou:

- Mas há três condições.

Três condições? Onde já se viu gênio ter condições para atender desejos? Aladim continuou ouvindo.

- Primeira condição: o que quer que você deseje, deve se realizar antes em sua mente.

Aladim já ia perguntar o que isto queria dizer, mas o Gênio não deixou:

- Segunda condição: o que quer que você deseje, deve desejar integralmente, sem conflitos. Desta vez Aladim esperou.

- Terceira condição: o que quer você deseje, deve ser capaz de continuar desejando para continuar a ter.

Aladim, ansioso por dizer logo o que queria, fez o primeiro desejo assim que pôde falar:

- Eu quero um milhão de dólares!

- Já se imaginou tendo um milhão de dólares?

Aladim agora entendera o que queria dizer a primeira condição. Na mesma hora vieram à sua mente imagens de si mesmo nadando em dinheiro, comprando muitas coisas, mas ao se imaginar, questionou-se se teria que compartilhar parte do dinheiro com pobres ou outras pessoas. Aí entendeu a segunda condição, e percebeu que seu desejo não poderia ser atendido.

Aladim então buscou então algum desejo que poderia ter sem conflitos. Pensou, pensou, buscou e por fim disse ao Gênio:

- Senhor Gênio, eu quero uma companheira bela, sábia e carinhosa. Aladim tinha se imaginado com uma mulher assim e sentiu que aquilo ele queria de verdade, sem qualquer conflito.

O Gênio fez um gesto e de sua mão saiu um feixe de luz esverdeada na direção do coração de Aladim. Este teve uma alucinação, como um sonho, de estar vivendo com uma mulher bela, sábia e carinhosa por vários anos. E viu-se então enjoado, não a queria mais depois de tanto tempo. Voltando à realidade, Aladim lembrou-se das cenas e viu que aquele desejo também não poderia ser atendido. Entristeceu-se, pensando que jamais poderia querer e continuar querendo algo sem conflitos.

Algo aparentemente aconteceu. O rosto de Aladim iluminou-se, e ele se empertigou todo para dizer ao Gênio que já sabia o que queria.

- Sim? O Gênio foi lacônico. Aladim completou, em um só fôlego: 

- Eu desejo que você me dê a capacidade de realizar os desejos que eu imaginar em minha mente sem conflitos!

Algo inesperado aconteceu: o Gênio foi se soltando da lâmpada, formaram-se duas pernas completas no seu corpo e ele desceu devagar até finalmente apoiar-se no chão, em frente a Aladim, que o olhava com um ar interrogador.

- Obrigado, disse o Gênio, sorridente. Estava escrito que eu seria libertado quando alguém pedisse algo que já tivesse!

 (Anônimo)

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Verdadeiramente somos capazes de realizar aquilo que desejamos. É preciso que acreditemos nisso.  A nossa capacidade de realização é muito grande. O que nos impede de realizar os nossos desejos é, na maioria das vezes, o medo que temos de ir em frente com os nossos sonhos e planos. Acabamos achando que não daria certo. E isso vai se repetindo na vida da gente até quando não somos realmente capazes de realizar coisa alguma. É nesse momento que vem ao nosso encontro, o arrependimento, grande companheiro dos que não colocam seus sonhos em prática.

"Quando seus desejos forem fortes o suficiente, parecerá que você possui poderes sobre-humanos para alcançá-los." (Napoleon Hill)

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