
O Oráculo de Delfos foi a mais importante das instituições pan-helênícas. Manteve-se até meados do século IV.
Nós nos permitimos alguns comentários.
Na verdade, as pessoas podem chegar a um estado alterado de consciência, afastando a influência do hemisfério esquerdo lógico / racional e dando ' vazão ao SAPE / hemisfério direito.
A nossa linguagem articulada, conceitual, disciplinada por regras, é possível graças à organização neuronal do hemisfério esquerdo. É nele que ficam a área de Broca e a de Wernicke. A primeira, o centro da fala, e a segunda, o centro do entendimento da linguagem.
A forma incoerente das respostas da pitonisa explica-se porque o SAPE e o hemisfério direito têm suas maneiras peculiares de comunicação. Às vezes, difíceis de serem traduzidas em palavras, de forma coerente.
Quantos de nós já não vimos pessoas com quase todas as adversidades que poderiam ser reunidas num único ser e, apesar disso, trabalham, lutam, combatem (às vezes, por pequenas recompensas!) e sorriem ... Qual a força que as impulsiona? Só pode ser o ENTUSIASMO!
Assim, quando fazemos alguma consulta ao SAPE, nosso deus interior, devemos estar preparados para interpretar os sinais que ele nos envia, da mesma forma que o sacerdote fazia com as palavras da pitonisa. Nós somos, ao mesmo tempo, a sacerdotisa (hemisfério direito) e o sacerdote assistente (hemisfério esquerdo).
Ainda mais: como tudo indica que a inteligência feminina seja mais globalizante, holística e intuitiva, é natural que a sacerdotisa pudesse olhar para dentro de si mesma, em latim intuéri (se pronuncia [intuéril]), "observar atentamente o interior", e fornecer as respostas, animadas pela idéia de que estava inspirada pelo deus Apoio. De intuéri (de in, "em" e tuéri, "olhar para") vem intuição, que é a faculdade de perceber, discernir ou pressentir coisas, independentemente de raciocínio ou de análise.
A intuição é o ato ou faculdade de saber, de conhecer sem o uso de processos racionais é cognição imediata, isto é, sem a intermediação de processos lógico-racionais.
Fonte:
Prof. Dr. Luiz Machado
http://www.cidadedocerebro.com.br/artigo
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