domingo, 26 de agosto de 2012

Emotologia e Neurolinguística

No ambiente científico, a palavra “neurolinguística” designa um ramo da Linguística, também chamado de “Lingüística Neurológica”, que estuda as precondições neurológicas para o desenvolvimento da linguagem e seu uso pelo ser humano. O “Dicionário Houaiss” dá uma explicação mais abrangente: “ciência que estuda as relações entre a estrutura do cérebro humano e a capacidade linguística, com atenção especial à aquisição da linguagem e aos distúrbios da linguagem, especialmente os que seguem a lesões cerebrais”.
A palavra “neurolinguística” é também usada em livros e cursos com o propósito de estimular o sucesso e o bem-estar pessoal, com excelentes resultados. O sucesso mundial da Neurolinguística, na acepção tratada neste parágrafo, é inquestionável, mas os estudiosos do assunto ressentiam-se da falta de embasamento científico, como é apresentado pela Emotologia, por isso mesmo, muitos consideram a Emotologia uma extensão científica da Neurolinguística, como abordada neste trecho.

A Emotologia, como prática para que as pessoas desenvolvam suas potencialidades como elemento de autorrealização, com sua base estritamente científica, usa a força orgânica, a força motriz interna que faz agir, energia (pulsão) que surge das necessidades do sistema de autopreservação e preservação da espécie e é com essa força que este conjunto de conhecimentos sistematizados atua e pode ser considerada uma etapa adiante da neurolinguística, na acepção da palavra tratada no parágrafo anterior. Destacamos dois pilares na formulação da Emotologia: a obra de Eduard von Hartmann, “Philosophie des Unbewussten” (Filosofia do Inconsciente), em três volumes, publicada inicialmente em 1869. É um alentado estudo dos recursos internos que nós possuímos, os quais hoje identificamos como possíveis pela existência do Sistema de Autopreservação e Preservação da Espécie (SAPE). É de se destacar a anterioridade dos estudos de Hartmann em relação à obra de Sigmund Freud sobre o inconsciente. Outra obra é “Science and Sanity; an introduction to Non-Aristotelian Systems and General Semantics”, de Alfred Korzybski, publicada inicialmente em 1933, de lá para cá com várias edições, sendo o nosso exemplar da sexta impressão, da 4ª edição, de 1980, publicada por “The International Non-Aristotelian Library Publishing Company”, Lakeville, Conn., U.S.A. Esta última obra parece ter servido também de pilar para a Neurolinguística, como foi tratada no segundo parágrafo deste artigo.

A Emotologia também está de acordo com a teoria pulsional (do alemão Trieb, “pulsão”, “instinto”) de Freud, pois atuamos nos sistemas que geram os instintos, as pulsões.

A Neurolinguística, quer como um ramo da Linguística, quer como uma prática relacionada a temas de autoajuda e de marketing pessoal, lida com o sistema nervoso central, da mesma forma que a Emotologia, cujo eixo científico concentra-se nos sistemas das emoções no cérebro em íntima conexão com o sistema glandular endócrino.

Quando tratamos de métodos, de práticas que envolvem o cérebro, é natural que haja pontos comuns entre as várias abordagens, podendo até parecer que um estudo copiou o outro. O cérebro é o cérebro, com suas funções e podemos usá-las de forma diferente, mas não podemos mudá-las. Muito do que encontramos nessas abordagens está na Bíblia, por exemplo. A Emotologia tem primado por oferecer as bases anatomofisiológicas de todas as suas práticas, em nenhum momento oferecendo conselhos ou fórmulas mágicas, como receitas de bolo, para que as pessoas tenham sucesso e apliquem o marketing pessoal.

Fonte:
Prof. Dr. Luiz Machado
http://www.cidadedocerebro.com.br/artigo

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